Os jornais publicam que Marina Silva é a mais forte, mas explicam que não há consenso no PSB. Sem dúvida que não haveria. Há oportunistas querendo o "espólio" emocional de Eduardo campos. Aduladores e aproveitadores aparecem de todo lado. Há até quem sugira que a viúva (Renata) teria de ser, no mínimo, candidata a vice. Agora, vale tudo. Alguns líderes do PSB até lembram que Marina criticava algumas alianças estaduais do partido, principalmente com PT e PSDB. Todavia, o problema mais grave mesmo, que ninguém trata explicitamente, é o dinheiro para fazer a campanha, da ordem de R$ 150 milhões, previsto no Tribunal Eleitoral. Eduardo Campos tinha poder de captação, mas quem o suceder não terá condição de arrecadar nem a metade.

É bom sempre levar em conta que o dinheiro aparece farto para quem está no poder, caso de Dilma, ou para quem representa realmente uma possibilidade de conquistá-lo. Se a segunda opção for levada em conta, Marina Silva será o nome a substituir o de Eduardo Campos, pois, com seu próprio potencial e o dividendo "emocional" tem, sim, condições de embolar os índices na preferência do eleitor. Nenhum outro nome, incluindo a viúva, terá esse potencial.

Já nos estados, os candidatos do PSB podem vestir o luto, mas terão de quebrar a cabeça para conseguir dividendos eleitorais. Vai depender muito da empatia e do poder de persuasão de cada candidato. Alguns casos amargarão até dificuldades. No Ceará, por exemplo, a candidata, que "rasteirou" o melhor nome (Nicole Barbosa), não tem identidade com o eleitor e tinha muito menos com o falecido candidato, e, sem ele, terá dificuldade de conseguir recursos, que foi o motivo maior da rasteira; o outro motivo era a dificuldade de fazer legenda (mais ou menos 190 mil votos), ou seja de renovar o mandato. É bom acompanhar para conferir.