Deputado estadual Mauro Filho, candidato a senador do Ceará pelo PROS, é disparado quem gastou mais dinheiro na iniciante campanha, segundo dados do TSE da primeira prestação de contas dos candidatos. Maurinho já gastou R$ 605,9 mil, mais do que a soma de todos os outros três candidatos – Tasso Jereissati-PSDB (rico, mas não coloca do dele) gastou R$ 155,8 mil, Geovana Cartaxo (PSB) R$ 12,9 mil e Raquel Dias (PCB) R$ 2,5 mil. Juntos, os três gastaram em torno dos R$ 171,2. Agora, digo como meu amigo Riba Júnior, “valha, e o candidato Camilo, a governador, não disse que no palanque dele só tinha servidor?” Sei não, mas, para mim, servidor rico – parodiando o falecido arcebispo Aloísio Lorscheider – roubou, está roubando e quer continuar roubando. Ah, esqueci, é dinheiro que vem das doações.
O quero dizer é que discurso dessa natureza, de que num palanque têm ricos e em outro só tem servidor é pura falácia, e não suporto trapaça. As duas campanhas – PMDB & Cia. e PT, PROS e mais 16 partidos de aluguel – são milionárias, venha de onde vier o dinheiro. Por sinal, não ouvi ainda, de qualquer parte, um discurso de conteúdo nesta campanha (incluindo até os candidatos a senador). Só falam de passado, de dinheiro e de segurança, mas nada parece convincente. Ao contrário, tem soado até agora como bravata. No caso da segurança é que é ruim, deixando o povo, já apavorado com a violência, no desespero, pois não há sequer um vislumbre de que possa surgir algo que represente uma esperança.
O arranca-rabo entre Tasso Jereissati e Cid Gomes, sobre a segurança, mostra literalmente que ninguém sabe do que está falando. Jereissati disse que "a segurança foi desmantelada" e o governador cearense respondeu que, também, no tempo de Tasso "a violência nunca parou de crescer". Os dois sofismam. Elas por ela. Nada significa nada. As agressões entre os dois, que já foram criador e criatura, se estenderam por outras áreas, mas ninguém falou realmente de como deve ser feito para a funcionar - a segurança. God save the people.