No segundo dia do programa de TV e de Rádio dos candidatos à presidência da República (quinta-feira, 21/08/14) já apareceu quase normal conteúdo e forma dos programas, notadamente dos três de maior tempo de TV, embora a disparidade de tempo seja grande entre Dilma e os outros. A petista tem quase três vezes mais que o segundo tempo, o tucano Aécio Neves). Por normal quero dizer, a candidata Dilma Rousseff (PT) dizendo que fez o Brasil, colocando Lula da Silva para falar e mostrando depoimentos e manifestações de alegrias de brasileiros "beneficiados"; o candidato Aécio Neves (PSDB), carregando na sua trajetória pessoal/familiar, desde o avô Tancredo Neves, passando pelo governo de Minas e tentando desconstruir o governo petista até no corte de gastos. Marina Silva, confirmada candidata do PSB, voltou ao normal, ainda recorrendo ao colega morte. Pouco falou, porque entrou o discurso cerimonial da candidatura dela, mas do pouco que disse não esqueceu de citar a frase slogan de Eduardo Campos - "não vamos desistir do Brasil".

Cabe aos marqueteiros tornar a forma - do conteúdo repetitivo - a mais palatável possível. Cada um buscando recursos gráficos e visuais capazes de prender a atenção do eleitor. Um desafio que muitos tentam convencer com discurso de alta qualidade de imagem, esquecendo que a maioria dos eleitores consegue sintonizar a TV com um naco de palha de aço na ponta da antena. A imagem dupla ou plena de fantasmas compromete a "high resolution". Sobra o caminho de roteiros criativos e de um processo de "humanização" do candidato ou da candidata. Exemplo foi o trecho que colocou Dilma na cozinha. Dona Mundinha, uma senhora de mais 60 anos que mora comigo, gostou e até disse: - ela é muito simples. Agora, parodio Pelé - entende?