Veja o quanto a corrupção mexe no seu bolso
O presidente da Transpetro, cearense e ex-senador do PMDB,
Sergio Machado, que teve vida longa na direção da subsidiária de logística da
Petrobras, está com a corda no pescoço e nem seu padrinho forte, senador Renan
Calheiros, presidente do Senado está conseguindo segurá-lo. Em campanha, a
presidenta/candidata Dilma Rousseff (PT),
no objetivo de manter a área limpa de corrupção para não perder preciosos
pontos na corrida sucessória, já anunciou que pode demiti-lo.
Sergio Machado foi citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa no escândalo de propinas da estatal. Teria doado R$ 500 mil para
o esquema. Como de onde veio esse dinheiro deveria ter muito mais, o caso está
na nebulosidade, principalmente porque Sergio está conduzindo há seis anos o
milionário programa de construção de navios da estatal, que envolver diversos
estaleiros do Brasil e do exterior, com um orçamento em torno de US$ 3 bilhões.
Há, incluso, um boato de que uma empresa cearense do ramo de ar-condicionado se
instalou em São Paulo, para disfarçar a origem, e teria ganho a concorrência
para refrigerar o ambiente de todos os navios construídos. Seria um esquema paralelo, mas não para financiar eleição,
A presidenta Dilma Rousseff, que diz não tolerar corrupção,
depois de cogitar a demissão de Machado, anunciou que mandou ouvi-lo para
garantir o direito de defesa. Agora, advinha quem foi cumprir tal missão?
Justamento o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), também citado
no esquema, embora como beneficiário. Mas a demissão do presidente da
Transpetro pode ter um preço, certamente instigados por Renan, líderes do PMDB,
partido ao qual Sérgio é ligado, defenderam que se ele for demitido por ter sido
citado por Costa, o mesmo deve acontecer com o tesoureiro do PT, João Vaccari
Neto, citado por Paulo Roberto como a ligação entre o esquema de propinas na
Petrobras e o PT.
Irritada pela interferência em sua campanha da pauta do
escândalo da Petrobras, a presidenta/candidata disse, do seu jeito desconectado,
que se o “PT enquanto pessoas do PT erraram, se qualquer outro partido tiver
pessoas que erraram, elas têm que ser punidas. Aí é o seguinte, é o doa a quem doer. Você não
condena uma instituição. No Brasil você condena pessoas. Se alguém errou, tem
que pagar”, mas ninguém pode acabar com o direito de defesa”.
FOI COM QUEM ESSE "DOA A QUEM DOER"?