Decididamente, não pegou bem o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato, ter listado a presidentA Dilma Rousseff (PT) como testemunha de defesa. Quis nivelar por cima, mas caiu do cavalo e teve de voltar atrás.

Não demorou nem duas horas com a ideia de jerico. A prensa foi imediata. Cerveró desistiu de incluir a presidentA Dilma Rousseff como sua testemunha de defesa, mas manteve o suspeito Sergio Gabrielli.



DEPOIS DO ROUBO, PORTA FECHADA


Agora, todo mundo quer fechar a porta. A Petrobras, depois do trilionário rombo nas contas da estatal - e do país, claro - adota providências de prestação de contas, mas só de mentirinha. 

A empresa lançou, em sua página na Internet, uma área destinada a listar as providências que vem tomando para melhorar a gestão e minimizar o risco de fraudes. Viu? Só lorota. Sobre o rombo trilionário, nenhuma linha. Nada do passado comprometedor da presidente Graça Foster e de sua Petrobras, mas só sobre o futuro "bem fiscalizado". 

O slogan otimista - “ontem, hoje e sempre superando desafios” - toma conta do espaço juntamente com as informações sobre as iniciativas divulgadas nos últimos três meses. 

Entre as tais iniciativas, a contratação de um novo diretor (mais ricos custos) de Governança, Risco e Conformidade, o engenheiro João Elek, que acaba de assumir. Sua atribuição é prevenir o risco de fraudes e analisar previamente todos os negócios da empresa.


Ainda que agora não tenha efeito, a Petrobras informa que bloqueou a assinatura de contratos com 23 empreiteiras denunciadas. Noticia ainda que contratou os escritórios Trench, Rossi a Watanabe no Brasil, além do Gibson Dunn & Cutcher, nos Estados Unidos, para fazer uma investigação interna na empresa; que criou um comitê para acompanhar as investigações e que está buscando ressarcimento dos danos sofridos com o desvio de recursos.