O governo federal está realmente encrencado. Não sabe
conduzir o RESGATE DA ECONOMIA, incluindo o combate à inflação, e paga um preço
alto com as demonstrações de descontrole.
Vários são os demonstrativos de que a crise se agrava. A
presidenta Dilma Rousseff (PT) se rendeu, depois de leves espasmos de independência,
à tutela de Lula da Silva, que vai receber o PMDB, na tentativa de debelar a
crise política interna.
Depois de Lula, será Dilma a receber cúpula peemedebista e,
aí, já com uma receita para apagar os focos da crise de rebeldia de setores do
grupo da coalizão governante.
Mas foi o programa do PMDB na TV que jogou mais lenha
na fogueira da crise. Saiu na rede nacional de TV um programa descolado do PT e
que ignorou solenemente a presidentA.
O vice-presidente Michel Temer apareceu no programa para
dizer que apoia à reforma política e
à liberdade “plena de informação”. Ou seja, para desqualificou a
insistência do PT em defender (como um ato de censura) um projeto de regulamentação da mídia.
Até o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou
que é preciso humildade e perseverança para fazer as mudanças que o país
requer.
Já o deptuado Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara, citou a reforma
política e disse que mostrará que “os escolhidos” para representar a sociedade
“são capazes de cuidar dela”.
E não faltou caroneiro. Um deles foi o senador Eunício
Oliveira, derrotado ao governo do Ceará, a dizer que Lula é "fiador"
da relação, acrescentando que o "mar
de crises que invade o noticiário" precisa ser entendido: mudança na forma
de fazer política.
MAUS EXEMPLOS SEGUIDOS
O pior de tudo é que a crise do Planalto atinge os governos
de estado e as maiores prefeituras. Por todo o Brasil só se toma conhecimento
de promessas de cortes em investimentos e com isso é o povo quem paga a conta.
No Ceará, por exemplo, não se mexeu nas mordomias dos
deputados eleitos (novos e reconduzidos). Até pagaram salários a suplentes que
ficaram no poder por pouco mais de 15 dias. Mas obras estão suspensas e
servidores do Estado, da Assembleia e até da prefeitura de Fortaleza tiveram
salários de um mês ou dois cortados em manobras de folha ou de nomeações para
"fazer" economia.
Mas nas mordomias da cúpula (de todos os poderes) e no
custeio da máquina inchada ninguém fala. É só jogo de cena. A máquina está cada
vez mais se aparelhando através de novos cargos de confiança.
Quando há cortes de cargos de confiança (servidor que não é
empregado através de concurso público), para justificar as medidas de contenção
de despesas, somente são extintos cargos sem qualquer expressão - gente da periferia
das administrações.
É sempre o "pequeno" que paga.