A reforma política se arrasta aos trancos e barrancos no Congresso Nacional. Já está aprovado na CCJ (do Senado), a PEC que muda de voto proporcional para distrital a eleição de vereador.

A discussão se amplia e chega ao ponto mais polêmico (talvez): o financiamento das campanhas. O vice-presidente da República, Michel Temer, atualmente também coordenador (e não conspirador, como todo vice) político do governo Dilma Rousseff, defende a manutenção do financiamento privado, com alterações.

Hoje, o financiamento das campanhas políticas é bancado por recursos privados e por dinheiro público. Tudo bem se o dinheiro privado não fosse "doado" como um empréstimo. Volta em dobro ao "doador", que faz uma divisão da sobra.

O PT até ontem (época do estouro do propinoduto) era a favor do financiamento misto, como ocorre hoje, mas mudou de posição e agora defende o financiamento público em sua totalidade, proposta que é capitaneada pelo presidente Dilma Rousseff.

O DIABO É A OPÇÃO

Temer, que é também o comandante do PMDB, que a manutenção do financiamento privado, mas com uma diferença fundamental: que as empresas doadoras façam opção por uma candidatura.

A proposta, incluindo a opção de candidato, acabaria com a prática comum entre os doadores de doar para todos os candidatos. É o que fazem grupos brasileiros como o Dias Branco e o do lixo (Marquise).

Tais grupos chegam a contratar (e não encomendar. Encomenda aqui é trapaça) pesquisas para dosar o tamanho de suas "doações". O melhor nas pesquisas sempre recebe mais, é claro.

A opção, que pode parecer, no primeiro momento, uma boa alternativa, a meu ver, complica, pois aí os partido teriam de se render aos grandes doadores, empenhando o melhor (mais rendoso) da máquina pública durante a administração. Ficaria muito pior do que é hoje. Agora, pelo menos, a rendição não é total aos grande conglomerados financeiros. "VADE RETRO".