Que alguma coisa tem mudado nos caminhos da nossa incipiente democracia não há como negar. A intocabilidade da Justiça, principalmente, não é mais a mesma, ainda que permaneçam licenciosas prerrogativas, como a de levar o gordo salário para a inatividade forçada. Foi o caso do ministro do STJ cearense, instado a se aposentar precocemente para não ser alvo de cabeluda denúncia de corrupção.
O amigo jornalista Gualter George, do jornal O Povo, fez artigo abordando o tema de forma percuciente, atestando o avanço trôpego da nossa democracia, que aponta ainda para a necessidade de muito mais adequações pare chegar ao modelo que a sociedade deseja e merece, pois é ela quem paga a conta.
Só tergiversa quando relata que há quem veja tudo pela ótica negativa (ação no caso de venda de habeas corpus) com o argumento de que de tal ato resulta na fragilização do Judiciário.
Quem quiser respeite quem assim pensa. Eu não. Não respeito quem enxerga a tolerância ética como fator de valorização institucional. Ao contrário. É a depuração institucional quem a fortalece e a faz digna de respeito.
A ética é um valor imanente e significa tudo aquilo que está relacionado com o comportamento moral do ser humano e sua postura no meio social.
Pena que a depuração não vá conseguir avançar tanto. Mas, como primeiro passo, está bom.