Que o Ceará, mais que o Brasil, está quebrado a gente já sabe desde o final do governo passado. O que vive o cearense é o fundo do poço, sem enxergar qualquer sinal de luz, por mais tênue que seja, no fim no túnel.
O Ceará saiu de um governo desregrado, com volume de obras, é verdade, mas sem um planejamento consequente. Se houvesse plano ou até um acendrado nível de consciência e respeito ao dinheiro público não teriam GASTO tanto dinheiro na REFINARIA e no ACQUÁRIO, para ficar em dois exemplos.
Resultado: senador Eunício (com uma campanha ruim e personalista) entregou o governo ao inexperto Camilo Santana, do PT (embora queira esconder), que está tateando no escuro em busca de uma saída para a crise, mais grave na saúde, mas que é muito mais abrangente.
Na saúde, onde o dinheiro é apenas um dos problemas e talvez nem o maior, o governador, tutelado pela família, não consegue sequer arranjar um secretário, enquanto vai ficando com o interino.
Certo, mas o problema é que existe também centenas de obras por concluir, algumas com urgência, para que o investimento já feito não seja perdido. E não estou falando do estelionato petista da REFINARIA e tampouco do Acquário.
AS CONCESSÕES DA PRIVATIZAÇÃO
Daí o governo petista do clã Santana, que não tira da boca a proposta de recriação do imposto do que cheque (CPMF) ou outro tributo qualquer, fala agora em privatizar importantes equipamentos públicos: porto do Pecém, aeroportos regionais e centro de eventos, para começar.
Senador Eunício Oliveira, do PMDB, que melou na campanha eleitoral, já se manifesta contra a "entrega" dos equipamentos públicos para a iniciativa privada.
Afirma o peemedebista que o disfarçar as "privatizações" com o termo "concessão" não muda nada, pois não passam de medidas para “entregar” de bens do Ceará à iniciativa privada.
Em verdade, o que Camilo está fazendo é usar o termo que o PT consagrou para tratar de privatização: CONCESSÃO. Acha o caminho positivo e deve quer tirar proveito, ainda que tente esconder o lado mais contestado do seu partido.
De todo modo, o Brasil já tem um espólio que serviria de exemplo quando se fala de PRIVATIZAÇÃO ou CONCESSÃO. Dá para avaliar vantagens e desvantagens. No Ceará, a COELCE E O BEC podem ser analisados
O governo acha que as CONCESSÕES, mesmo que PRIVATIZAÇÕES, trazem a tiracolo contrapartidas que podem ajudar a EQJUILIBRAR as carcomidas contas do Estado.
Os parlamentares, os governistas, é claro, também são favoráveis, afinal, as CONCESSÕES abrem vários empregos - as ditas e pouco funcionais (à vezes, vendidas) AGÊNCIAS REGULADORAS.
Agora, vale indagar, e o Acquário, será que alguém teria coragem de receber a CONCESSÃO? A iniciativa privada, principalmente os carcarás que a infestam, faz silêncio.
Lembro o que o ufano empresário cearense, Pio Rodrigues, disse para o ex-governador Cid Gomes (Pros) em uma festa de fim de ano: VÁ BUSCAR O TATUZÃO, GOVERNADOR! (referia-se a máquina para fazer o caminho do metrô, linha sul). Como acabou o milho, os pipoqueiros desapareceram.
A MODA AGORA É O HUB FORTALEZA. O senador está certo em uma fala: NÃO VAI SER COM PROVINCIANISMO DE REUNIÕES DO GOVERNO ITINERANTE QUE O CEARÁ FICARÁ COM O HUB.
O jogo é mais em cima. E o senador Eunício bem que poderia ajudar, já que arrota tanto prestígio.