O deputado federal José Guimarães (PT), líder do governo na Câmara bem que tem o que comemorar. Completa dez anos o caso dos dólares na cueca, que ficou famoso em todo território brasileiro. O deputado foi envolvido, por ser chefe da pessoa flagrada com tanto dinheiro, mas sequer foi julgado e em 2012 o STJ determinou a exclusão dele do processo.

No dia 8 de julho de 2005, o assessor de Guimarães, Adalberto Vieira, embarcava rumo a Fortaleza quando foi detido pela Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, com R$ 200 mil em uma valise e US$ 100 mil na cueca.

Adalberto foi preso e engoliu a culpa sozinho. Virou bodegueiro na periferia de Aracati, mas nada falou. É assim que a presidente Dilma Rousseff, também do PT, gosta. Adalberto vive tentando reaver o dinheiro, embora nunca tenha dito a quem pertencia. 
Para quem realmente iria o dinheiro da propinoduto?

À época surgira m várias versões sobre o dinheirão que o assessor de Guimarães trazia em uma mala e na cueca. Seria da venda de melões em SP. Seria, conforme o próprio Guimarães, de Adalberto e de outro assessor, José Vicente Ferreira para criação de uma locadora em Aracati. O dono do dinheiro seria um tal de Kennedy Moura, servidor do BNB. Tudo mentira.

Adalberto, sem delação premiada, costurou a boca até hoje. A Justiça nunca pegou os responsáveis, mas descobriu que o dinheiro tinha outra origem. Teria sido entregue ao então assessor como forma de pagamento ao tal Kennedy por facilitar a concessão de uma linha de crédito do BNB à Sistemas de Transmissão Nordeste (STN).

O banco havia concedido financiamento de mais de R$ 300 milhões para a construção de uma linha entre Teresina e Fortaleza. Durante as investigações, a empresa sempre negou a acusação.

Três pessoas foram condenadas (pagaram multa): o próprio Adalberto, o ex-presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, e o ex-chefe de gabinete da Presidência, Kennedy Moura.

Comemore, deputado.