Até que enfim o governo Dilma parece ter entendido que é preciso dar o exemplo para fazer os brasileiros suportarem, sem muito reclamar, o arrocho a que foram jogados pela má condução administrativa do PT. O CORTE DE 10 DOS 39 MINISTÉRIOS que faz a superpopulação administrativa do governo. De quebra, promete cortar também mil cargos de confiança dos 22 mil comissionados.

É pouco e representa um alívio financeiro apenas simbólico, mas era necessário politicamente. Pode até ser que o exemplo seja seguido por alguns inchados governos estaduais, como o do Ceará, por exemplo, que tem até assessoria internacional (cargo exercido pelo deputado federal Antônio Balman, do Pros).

É certo que reduzindo o tamanho o governo está reduzindo também a barganha com os aliados e o próprio PT, doidos por cargos, mas é um risco que o governo deve correr para resgatar um mínimo de respeito e apoio popular. Antes tarde do que nunca. A demora do governo reduziu o efeito da medida.

TEMER VAI FAZER FALTA

Como já era esperado, o vice-presidente Michel Temer deixou a articulação política do governo, cargo que vinha ocupando desde abril/2015. Para não agravar a crise do governabilidade, foi dito que Temer continuará atuando na articulação do Executivo com os demais Poderes, com um papel mais institucional. Entendeu o papo furado?

Eliseu Padilha, da secretaria de Aviação Civil, vai fazer o papel que era de Temer, pelo menos até o final do ano. A decisão do vice-presidente foi comunicada a presidenta ontem (24/08/15), que sequer insistiu que o peemedebista ficasse. As reuniões de avaliação que Dilma tem feito só com ministros petista certamente causaram a saída de Temer. Por coincidência, nenhum ministro petista lamentou a saída de Michel Temer, muito menos o incompetente Mercadante.