Candidatos para todos os gostos
Os primeiros programas de TV dos candidatos a prefeito de Fortaleza nada de novo trouxeram, apesar das apostas em grupos novos. Da mesma forma, reconhecendo o volume, aparecem como pouco atraentes as mídias digitais dos candidatos: a grande aposta é a gravação de vídeos pelos próprios candidatos.
Foi na lógica o prefeito Roberto Cláudio (PDT). Ficou com um modelo bem comportado, sem qualquer ousadia, limpo, apresentando as obras realizadas em Fortaleza e pedindo a "honra" do voto para continuar a fazer mais algumas obras, porque o último mandato é, quase sempre, menos inspirado, mas com o grupo atual pode haver exceção. Os dois primeiros anos podem ser de intensa atividade se houver a possibilidade de RC subir a escada rumo à disputa pelo governo, no lugar do insosso Camilo Santana.
Pelos lados do candidato Capitão Wagner (PR), principal adversário de RC, o modelo midiático não ficou tão claro. Por lá, o que não falta é marqueteiro. Os apoiadores (senadores) Tasso Jereissati (PSDB) e Eunício Oliveira (PMDB), esquecendo os menores, têm equipe de sobra e as financiam para o Capitão (que tentou negar o CAPITÃO).
Mas, a tirar pelos últimos trabalhos das duas equipes e pelo estão apresentando nesses dois dias (pouco) nada animador se desenha. O choro e o caminhar pelas favelas, como a sala de aula não representa algo muito novo. É a saga da maioria dos brasileiros, principalmente do cearense, um reconhecido valente.
De Luizianne, a mesma arrogância e a mesma baboseira apelativa, com o vermelho se sobrepondo, tentando reconstruir um passado duvidoso de muitas obras. Foram oito anos, afinal. Alguma coisa deve estar viva na cabeça do eleitor - e não me refiro ao petista com cargo de confiança na esfera pública dos três níveis.
O socialista (?) Heitor Férrer, liderado pelo Funasa, digo pelo socialista Danilo Forte (sabe tudo do socialismo), aparece do mesmo jeito, com aquele sorrisinho enigmático que nada significa, afinal. Fala o de sempre, posa como sempre e seu desejo é só continuar como sempre, ou seja, ser um deputado de oposição na Assembleia do Ceará, mas comendo como de situação.
Tin Gomes (PHS), Ronaldo Martins (PRB), em um patamar superior a João Alfredo (PSOL) e a Gonzaga (PSTU), mas nada muito lisonjeiro. Estão funcionando quase como tropa auxiliar de Roberto Cláudio, da mesma forma como Alfredo e Gonzaga, disfarçando, é claro, são auxiliares de Luizianne. Satisfeito?