Já falei uma vez que não tenho peninha de nenhum dos ladrões
do dinheiro público. E é óbvio que todos negam, como disse o ex-governador Cid Gomes, pela alma, por não ser a índole, mas com um BG como Arialdo Pinho e Antônio Balman, é difícil acreditar. Também não tenho
qualquer sentimento de pesar com a situação do presidente Michel Temer, muito
menos ainda do senador afastado Aécio Neves, embora ache que a irmã dele não
deveria estar presa. Temer foi o maior otário dos 'espertos' políticos que
ornam a primeira órbita desta República sofrida e saqueada. Comprovadamente, não
é tão escovado quanto Lula da Silva e Dilma Rousseff. Foi levado pelo principal
ladrão Batista (colocou Marcelo Odebrecht no chinelo) a dizer o que ele
precisava para conseguir sua premiadíssima delação e o passaporte para Nova
Iorque, sonho de consumo de todo emergente, ainda de bolsos cheios com o golpe
na Bolsa de Valores. Um homem da idade, com a experiência e vivência política
só é manipulado daquela maneira por deslumbramento.
ELEIÇÕES DIRETAS,
A MELHOR SOLUÇÃO
Foi dado o primeiro passo para que o Brasil não permaneça
nas mãos de ladrões do dinheiro público caso o presidente Michel Temer (PMDB)
venha a renunciar ou ser impedido de continuar governando. O ministro Luís
Roberto Barroso, do STF, liberou para julgamento uma ação que trata da
possibilidade de realização de eleições diretas em caso de vacância do cargo
após dois anos do início do mandato. Basta agora que a presidente do STF,
ministra Cármen Lúcia inclua o tema na pauta. O Brasil, mais que escaldado, não
pode correr o risco de ter no seu comando, por via indireta, mais um dos
arrolados no escândalo da Lava Jato. O eleitor pode até errar, mas pelo menos é
uma decisão soberana, pelo voto, como deve ser em qualquer democracia. Hoje, a
Constituição Federal prevê que, se tanto o presidente quanto o vice-presidente
da República forem derrubados nos últimos dois anos do mandato, a nova eleição
deve ocorrer de forma indireta, ou seja, por escolha do Congresso Nacional. Só
se a vacância ocorresse antes de dois anos a escolha seria direta, ou seja, pelo
eleitor.