Governador do Ceará, o petista Camilo Santana, e o prefeito de Fortaleza, o pedetista Roberto Cláudio, anunciaram um plano de obras (parecido com o PAC do passado governo Lula) até o final de 2018, o ano eleitoral. Trata-se de um pacote de realizações previstas, com verbas conquistadas em parceria com o senador peemedebista Eunício Oliveira, que vai pavimentar principalmente a sucessão estadual. A festa de lançamento das obras foi, em verdade, a formalização antecipada da aliança fechada para apoiar a reeleição de Camilo Santana, para os três o que é mais importante. Faltou anunciar somente quem ocupará três das quatro vagas das chapas majoritárias, ou seja, duas vagas para o senado e a vaga de vice-governador. O que se fala para o Senado é o dueto situacionista Cid/Eunício e para a vice de Camilo iria Zezinho Albuquerque, presidente da Assembleia. Fechou. O restante procura se segurar no que tem ou no que é possível.

E as obras? Bem, não tem tanta importância. Basta encher Fortaleza, principalmente, de canteiro de obras que o apetitoso prato se completa. Muito do que está sendo prometido não vai sair da promessa. Outras obras vão funcionar como faca no peito do eleitor: se reeleger o atual governo a obra será completada. No palanque que abrigou os antes rivais, só se ouviu troca de elogios e o enaltecer do espírito pública. Parecia até que nunca tinham trocado ataques políticos e eleitorais. Mas nem tudo foi tão pacífico e festivo assim. Estavam também no palanque, e amuados, o senador Zé Pimentel e o deputado federal Zé Guimarães, ambos do PT. Misturado à plateia, alguns petistas ligados aos dois não pouparam vaias ao posudo presidente do Senado.