Algo não bate entre a conversa do governo, que diz que a inflação está sob controle, e a verdade dos preços nos mercados. A virada do ano foi a senha para que os preços de mercadorias disparassem nos supermercados. Não é preciso falar dos combustíveis, que vivem uma dança que sacrifica o bolso dos consumidores e faz a alegria dos donos de postos, que regulam os preços nas altas e esquecem de tomar a mesma providência nas baixas. Não estou falando por ouvir dizer. Vi no supermercado Pão de Açúcar da avenida Júlio Ventura. Um exemplo: o pacote da linguiça Fininha, da Sadia ou da Seara, passou dos R$ 4,99 (a moda de baixar um centavo tomou conta) para R$ 6,99, um aumento em torno de 40%. Feijão verde, ovos e até água dita mineral estão com preços majorados abusivamente. Os ovos, em alguns mercados ou padarias estão sendo vendidos a R$ 1,00 a unidade. Se quase todo mundo rouba, por que não os comerciantes?