Um partido de nada como o PSB, que só tinha de mais ou menos grande o presidente Eduardo Campos, provoca uma crise igualmente de nada na candidatura de Marina Silva por uma disputa de poder que nem existe e que dificilmente existirá. Veja a disputa por uma expectativa remota de poder. Como ficará o PSB se Marinha Silva sair vencedora do pleito presidencial, uma vez que ela anunciou, há algum tempo, que tão logo seja formalizada a criação do Rede para ele se transferirá. Mesmo sendo um assunto recorrente e na linha da lotérica probabilidade, deveria ser tratado nas discussões internas e não nas ruas, como está acontecendo.

O partido não tem razão e Marina Silva está excessivamente adocicada para deixar que o assunto prospera e, mais ainda, por responder aos dirigentes sem votos da agremiação, misturando uma proposta espetacular de, se eleita, fazer apenas um mandato de quatro anos (o Brasil e a própria democracia lhe ficarão devedoras) com um revide polêmico de que "o presidente da República não deve ser tratado como propriedade de um partido”. Um país com quase a metade do seus habitantes dependente de programas sociais, como o Bolsa Família, não pode a brigar o direito à reeleição em sua legislação eleitoral, uma vez que tais programas não passam de compra de voto disfarçada. Essa foi a força do PT & Cia. nas três eleições passadas e é nela que a candidata Dilma Rousseff acredita para reeleger-se, mesmo levando o Brasil à beira do precipício econômico e ao terror da inflação.

Erundina volta à atividade política para coordenar campanha de Marina